25 – Antonio Carlos Fernandes Nunes (Toninho)

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Antonio Carlos Fernandes Nunes (Toninho)

Antonio Carlos Fernandes Nunes (Toninho)

  • 1942: Toninho nasce em Santos/SP e, logo nos primeiros anos de vida, é levado pela mãe, Dona Hortência, a frequentar os eventos religiosos, na vizinha Igreja do Valongo. Começa pelo catecismo, em roteiro repetido depois, pelo irmão mais jovem Alfredo (Amigo n.º 24).
  • Em 1950, Toninho faz a primeira comunhão celebrada por Frei Cosme.
  • A partir de 1951, durante quatro anos seguidos, torna-se um dos inúmeros e dedicados coroinhas do frei do Valongo.

  • Durante as férias do verão de 1955, Toninho alcança o disputado privilégio de participar do grupo de coroinhas que iria visitar o Seminário de Frei Galvão, na cidade de Guaratinguetá. Dessa numerosa turma, também participaram vários outros dos atuais Amigos de Frei Cosme. Toninho lembra, saudosista, dessas duas semanas longínquas, mas de intensas experiências vivenciadas: excursões, pescarias, torneios de futebol, algazarras diárias sem fim na cobiçada piscina… e completa as recordações registrando que, no momento de retornar para Santos, o clima de euforia era tal que dois componentes da caravana de coroinhas, pediram para ficar de vez no Seminário. Outros ingressariam no ano seguinte ou subsequentes… Toninho, porém, não foi um deles.

1952: Frei Cosme ladeado pelos coroinhas: (E) José Carlos Menezes e (D) Antonio Carlos Fernandes Nunes (Toninho)

1952: Frei Cosme ladeado pelos coroinhas:
(E) José Carlos Menezes e (D) Antonio Carlos Fernandes Nunes (Toninho)

Leia mais sobre a história da foto acima.

  • Desde os primeiros anos no Grupo Escolar Padre Bartolomeu de Gusmão, o pequeno Antonio Carlos dá mostras de forte inclinação para os estudos. Por seu lado, o zeloso Frei Cosme, em seus rotineiros contatos com os professores da escola, logo percebe os talentos do coroinha e lhe consegue Bolsa de Estudos, no melhor estabelecimento de ensino da época, o exclusivo Colégio Santista. Ali fica, no entanto, por rápidos dois anos. Necessidades diversas advindas da prematura perda do pai, obrigam-no a largar o Colégio, para conciliar estudos e trabalho.
    Neste ponto, Antonio Carlos faz uma espécie de pausa, avaliando como a ajuda de Frei Cosme foi determinante, em todos os seus passos, no campo do intelecto e dos estudos, levando-o a formar-se em três cursos universitários: Economia, Administração e Contabilidade.

Sou sempre grato pela direção e orientações que me foram dadas por Frei Cosme, ao longo de todo o tempo em que o servi no Valongo.

  • Bem jovem ainda, Antonio Carlos, induzido por novas exigências de vida, muda para São Paulo. Ali vive as correrias e tragédias da inquieta metrópole, chegando a passar pelo trauma do Edifício Joelma, preso por mais de uma hora, no meio do incêndio, até ser milagrosamente resgatado.
    A nova vida paulistana faz com que Santos, Valongo e os primeiros amigos, passem a rarear cada vez mais no tempo. Casamento e perda da mãe aumentam o distanciamento dos cenários de infância e adolescência.
  • Em uma das bissextas visitas a Santos, toma conhecimento do falecimento do antigo mentor. Isso, anos depois de haver ocorrido. Procura saber onde o amigo está enterrado, para as devidas homenagens e orações. Lá pelo meio dos anos 2000 vai ao Santuário de Santo Antonio do Valongo, dirige-se ao altar lateral de São Benedito e, ao defrontar-se com o retrato do querido amigo, chora, tomado pela emoção.
    Fechando suas lembranças, Antonio Carlos comenta:

Frei Cosme foi um santo para nós e estou certo que, até hoje, temos recebido constantemente suas bênçãos. A época dele não volta mais, porém podemos revivê-la, de outra forma. Agora em homenagem ao nosso mestre que se foi, deixando-nos grandes ensinamentos que pusemos em prática, durante as décadas que se seguiram.

  • Atualmente viúvo e sem filhos, Toninho segue morando na cidade de São Paulo.

Leia mais em Histórias de Coroinha, a estreia da nova seção do Blog,
com relatos do coroinha Toninho.

Comentários
  1. José Auro 12 de setembro de 2014 11:39 Responder

    Se eu te encontrar na rua jamais ia reconhece-lo

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